terça-feira, 20 de maio de 2008
COOKIES BR
Cookies BR no david-cook.org
Entrevista com antigos companheiros de banda
Pelo menos é assim que Bobby Kerr se lembra dele. Ele e Cook se conheceram como colegas de time no Blue Springs Bombers (time de baseball) quando tinham 12 anos e na década seguinte eles se tornaram melhores amigos, companheiros de banda, buscando um sonho em comum: ser astro de rock e tudo que viesse junto com isso.
“Eu e David estudamos juntos no ginásio, e nenhum de nós era músico naquela época, mas a gente jogava baseball juntos”, Kerr nos conta de sua casa em Blue Springs “Nós éramos ambos arremessadores (baseball), mas nós acabamos notando que poderíamos cantar um pouco. E esse foi o ingresso para as garotas, então a gente começou a sair e tocar música. No ensino médio, nós percebemos que seríamos bons músicos – a gente não tocava um monte de covers, talvez um pouco – nós estávamos escrevendo nossa música. Quer dizer, foram coisas bem vergonhosas, tipo, nós tínhamos 15 ou 16 anos, tudo era uma porcaria, e as músicas eram sobre isso, ou sobre as garotas que a gente saia ou a dor que nossos pais nos causavam. Coisas idiotas tipo essas, mas foi quando nós começamos”.
A dupla ensaiava na casa da mãe de Kerr, gravaram uma demo em uma igreja local e finalmente decidiram que era hora de fazer apresentações de verdade (o primeiro em frente a casa de Kerr não conta). Então eles se denominaram ‘Red Eye’ e foram tentar alguns lugares pra show e isso se mostrou mais difícil do que eles imaginaram.
“Nós não éramos os caras mais populares da escola – não tinham muitos músicos lá – então todo mundo zombava da gente, que foi de onde nós decidimos nos chamar de Red Eye, porque a gente pensou ‘Quando alguém te deixa puto, ou você mostra o dedo ou a bunda, aí depois você mostra o olho roxo’ E isso era meio óbvio, então nós decidimos chamar de Red Eye”, risos. “Como eu disse, nós não éramos os mais populares, então para conseguir algumas apresentações, nós tínhamos que ser amigos de alguns garotos do conselho estudantil, daí eles nos deixavam tocar em assembléias e coisas do tipo”.
Depois de tocar em mais que a parcela justa de assembléias, Kerr e Cook decidiram que era hora de coisas maiores. Eles se renomearam ‘Axium’ e se mudaram para Warrensburg – onde fica a Missouri State University (onde os dois cursaram design gráfico). Logo a dupla se tornou trio com o teste do guitarrista Jeff Shout, e começaram a fazer shows em bares universitários. E foi quando as coisas começaram a acontecer. “Na CMSU (Central Missouri State University) eu e David dividíamos um quarto no dormitório, nós e Jeff passávamos todos os dias juntos” relembra Kerr. “Axium’ tocou em um monte de bares na nossa região – Mirrouri, Kansas, Indiana, Wisconsin – nós fomos chamados por um grupo universitário do Texas para ir até lá e participar de um evento de caridade. Depois, em uma coincidência maluca, uma garota que distribuía os CDs da ‘Axium’ quando a gente tava no ensino médio, o pai dela era um co-fundador da Movie Tunes dos Teatro AMC, onde eles executavam músicas antes dos filmes. Ele entrou em contato com a gente e disse ‘eu quero colocar uma música da Axium no Movie Tunes’, daí uma das nossas músicas, chamada ‘Hold’, foi executada em 20 mil cine-teatros pelo país, da primavera de 2003 e de 2004. Nós estávamos surpresos e pensando que isso podia ser grande pra gente”.
Mas não aconteceu nada. A Axium procurada por vários selos independentes e um maior, mas Kerr comenta “essa foi uma daquelas coisas onde a gente iria para o próximo passo, só que esse passo nunca veio”. Desanimado e sentindo que a banda tinha ido por esse caminho, ele decidiu se separar de Cook e Shrout e aceitou um emprego de design gráfico em Winsconsin. Essa decisão deixou tensa a relação com o velho amigo.
“Eu sai na época que a parada do Movie Tunes terminou, as negociações com os selos tinham falhado, e eu tinha a sensação de que as coisas tinham sido jogadas pela janela, então eu decidi mudar”, afirma Kerr. “E naquele ponto,e u e David estávamos com muitas diferenças musicais e pessoais. Mas a gente cresceu junto e como você sabe quando você conhece uma pessoa há tanto tempo, tem o amor e o ódio entre irmãos. E nesse época tinha muito menos amor entre a gente”.
“Quando eu sai, eles tentaram continuar com a Axium, mas não foi a lugar nenhum, então a banda meio que desmanchou. Logo depois, [David] foi para Tulsa para procurar emprego de design gráfico”, Kerr comenta. “E, obviamente, uma vez que a gente se mudou, a gente se falou mesmo, mas nós continuamos em contato”.
Para alguns shows – em Lincoln, Nebraska e Kansas City, Missouri – Cook e Shrout chamaram o baterista Nathan Russel, que havia dividido palco com a Axium na sua antiga banda, a Sound and the Fury. Conhecendo Cook como um cara legal, Russel concordou em tocar nos shows.
“Dave foi provavelmente um dos caras mais legais que eu já conheci no cenário musical”, recorda Russel. “Mesmo quando não estava tocando, ele ia aos shows e ficava do lado do palco e assistia a você tocar. Não são muitas pessoas que fazem isso. Eles te dizem que adoraram, mas na verdade estavam bebendo cervejas no bar o tempo todo enquanto você tocava. Ele assistia tudo, dizia que foi demais e ajudava a arrumar o equipamento. Você dizia tipo “Cara, você nem tá tocando, vai beber uma cerveja!”
Depois que Cook se mudou para Tulsa, ele passou um tempo com uma banda local, a Midwest Kings, e trabalhou em seu cd solo, ‘Analog Heart’. Ele trabalhou como barman em clubes da área, como Reahb Louge e Blank Slate. Embora estivesse ocasionalmente falando com Kerr e Russel, nenhum deles tinha idéia que David estava pensando em tentar o American Idol.
“Eu jogo em uma liga amadora de baseball em Kansas City, e eu estava no banco esperando pra entrar no jogo”, explica Kerr. “E uma mãe de um dos jogadores do time, que sabia da Axium, e ela me disse: ‘Ei, você sabia que David estava indo pro American Idol?’ E eu não tinha a mínima noção disso, mas eu me lembro de dizer: bom, ele provavelmente vai ganhar”.
“Eu nunca assisti Idol antes desse ano” afirma Russel. “Eu fui para Honduras tocar bateria por um bom tempo no ano passado, e quando eu voltei tava perto do Super Bowl, eu fui pra casa dos meus primos assistir o jogo (futebol americano). E durante o jogo, passou um comercial do American Idol, e eu ouvi a voz dele, e eu fiquei tipo ‘sem chance’. Então eu aumentei o volume e tive certeza: é ele”.
Desde que descobriram que o companheiro de banda deles ia aparecer do Idol, Kerr e Russell tem assistido religiosamente. E agora que ambos colocaram o sonho de astro do rock de lado (Kerr trabalha na administração de um cassino e Russel como professor de música), eles estão esperando que Cook seja coroado o vencedor do Idol dessa temporada. Até porque eles conhecem o Cook antes dele ser famoso, e desejam o melhor pra ele.
“Eu falei com David antes dele ir pra semana em Hollywood, e eu o disse pra falar quando ele estiver fazendo testes pra sua banda”, Russel ri; “As pessoas não pegaram o jeito dele ainda. Eles não ouviram suas músicas. Ele é um excelente compositor”, diz o amigo, “ e quando as pessoas ouvirem ele vai estar em tudo. Tipo, ele pode mudar os arranjos de músicas e depois parecer que são músicas que você ouviu tocar nas rádios, mas quando as pessoas ouvirem as músicas dele, eles vão ficar surpresos”.
“Eu acho que agora tá acabado, ele tem mais experiência de palco do que qualquer um ali, de 97 até 2005 a gente deve ter tocado 400 vezes, e ele sabe como se portar no palco, e ele sabe como as pessoas vão responder”, afirma Kerr. “Ele domina o público, ele é um profissional. David participar do American Idol é a coisa mais estranha e legal que eu já vi na vida. Eu tenho cada blusa, fotos dos shows e cada demo da Axium que já foi feita, e eu tenho várias cópias disso. E eu guardo tudo porque eu quero ter alguma coisa pra mostrar pros meus filhos um dia... Mas agora, quem sabe o que vai acontecer? Um dia, essas coisas que eu tenho podem acabar no Hall da Fama do Rock and Roll ou algo do tipo”.
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